Formação e Expansão Territorial e Geopolítica dos Estados Unidos

Por Marcos Bau Brandão


Até o século XVIII a ocupação do território norte-americano se estendia no sentido leste-oeste da costa do Atlântico até o rio Mississipi e no sentido norte-sul do atual Estado do Maine (no extremo norte dos EUA continental em amarelo – Mass – e roxo – disputa com Grã-Bretanha – no mapa) até a Flórida (E.Fla. no mapa). Todo esse território abrigava as chamadas Treze Colônias, envolvia os montes Apalaches e tinha menos de um milhão de km².

Território original das 13 colônias. Fonte:  Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation que pode ser utilizado por outros projetos.

O movimento de expansão em direção ao oeste (a conquista ou marcha para o oeste como ficou conhecida) se deu a partir de conquistas de terras dos ingleses, espanhóis, franceses, mexicanos e principalmente dos índios, donos originais das terras e que foram massacrados e exterminados de forma brutal.

A partir da guerra de independência (1776-1783) a expansão em direção a oeste ficou mais evidente, pois o desejo de conquista pelos colonos tinha sido freado por leis britânicas (leis intoleráveis, 1774) que aumentavam, para muito além do normal, o poder dos ingleses sobre as colônias, causando a revolta e a intolerância dos colonos, coisa que influenciou diretamente a luta armada pela independência. O Tratado de Paris, assinado em 1783, pôs fim à guerra de independência, com a Inglaterra reconhecendo formalmente a independência das treze colônias e cedendo territórios entre os Grandes Lagos, rios Ohio e Mississipi e montes Apalaches (situe as regiões no mapa que segue). A Espanha recuperava a possessão da Flórida perdida na Guerra dos 7 Anos (1756-1763).

Mapa físico dos EUA. Fonte: DiazStudents

A expansão dos colonos em direção a oeste para além da margem direita do rio Mississipi começa com a compra do território da Louisiana (mais de 2,6 milhões de km2, antigo domínio espanhol conquistado pelo francês Napoleão Bonaparte em 1800), em 1803, por 15 milhões de dólares, já que além das vastas terras ao norte, ao sul desse território encontrava-se o porto de New Orleans (veja mapa anterior), indispensável para o crescimento da economia norteamericana.

Mapa dos territórios adquiridos na expansão oeste norte-americana dos séculos XVIII e XIX. Fonte:  Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation que pode ser utilizado por outros projetos. Clique no mapa para visualizá-lo em uma nova aba/janela.

No noroeste, a ocupação dos americanos começou pelo Oregon, em 1811, quando a companhia de peles de castor Pacific Fur Trade montou um entreposto comercial onde hoje é a cidade de Astória. Em 1812 os britânicos tomaram a colônia de Astória, mas em 1818 os americanos voltaram à soberania através do Tratado ou Convenção de 1818 que definiu fronteiras entre os EUA e o Reino Unido: controle americano nos territórios da Louisiana e Oregon ao sul do paralelo 49ºN que passava a ser a fronteira entre EUA e Canadá e também ao sul na bacia do rio Red, atual fronteira do Texas com a Louisiana.

Em 1819, o Tratado de Adams-Onís fixou os limites entre o domínio dos EUA e do vice-reinado da Nova Espanha. Ficou acertado que a fronteira do Oregon seria fixada na latitude de 42ºN e ao norte dessa linha a hegemonia seria americana. Em troca a Espanha ficaria com a soberania do Texas, e a Flórida* seria vendida para os americanos por 5 milhões de dólares.

*Desde a guerra de independência há problemas conflituosos com esse pedaço de território, pois à época da guerra (1776-1783), a Espanha, a França e a Holanda se aliaram aos rebeldes (que ocupavam a Flórida) contra a colonização do Reino Unido. Logo depois os rebeldes ocuparam o nordeste da Flórida (que tinha predomínio espanhol) causando o repúdio dos espanhóis. Em 1812 os espanhóis expulsaram os rebeldes. No mesmo ano, os americanos entraram em guerra contra os ingleses e os espanhóis permitiram o uso do porto de Pensacola na Flórida. A revolta na opinião pública norteamericana fez com que os EUA invadissem a Flórida por duas vezes: em 1814 e na Primeira Guerra de Seminoles (como eram chamados os americanos residentes na Flórida) forçando o desdobramento em um tratado (Adams-Onís).

Com esses desdobramentos conflituosos, o expansionismo norte-americano tomava seus contornos e se pautava nas evidências que ficaram famosas pelos nomes de corolários e doutrinas. A primeira inserção teórica dessas lógicas expansionistas aconteceu quando o presidente James Monroe em sua mensagem anual ao Congresso incluiu uma declaração que passou a definir o eixo da política externa norte-americana: “Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […]” (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, em 2 de dezembro de 1823). A mensagem de Monroe ao mesmo tempo que se isolava da Europa reivindicava a liderança das Américas para os EUA. A Doutrina Monroe como ficou conhecida, resumia-se em “A América para os americanos”.

Presidente James Monroe em gravura do início do século XIX.

A partir da década de 1820, o recém independente México (de setembro de 1821) enfrentava problemas com a consolidação de um Estado nacional mexicano e o próprio governo foi conivente com a colonização do território do Texas por imigrantes norte-americanos que chegavam aos milhares (lembrando que os americanos já ocupavam a fronteira norte do Texas, na bacia do rio Red). Em 1830 já existiam mais de 20 mil imigrantes americanos no Texas e a principal atividade era o cultivo de algodão com mão de obra escrava. O governo do México tinha abolido a escravidão em 1829 e queria proibir essa prática dos americanos no Texas. O resultado foi a Revolução Texana (1835-1836), quando os colonos americanos lutaram e proclamaram a independência do Texas, além de, logo após pedirem anexação ao território norte-americano.

Território independente ou República do Texas em verde. Fonte:  Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation que pode ser utilizado por outros projetos.

À essa época, em 1845, um jornalista de Nova Iorque escreveu um artigo exigindo a anexação do Texas pelos EUA e a frase que ficou famosa foi a seguinte: “Nosso destino manifesto atribuído pela Providência Divina para cobrir o continente para o livre desenvolvimento de nossa raça que se multiplica aos milhões anualmente.” A insistência do jornalista em citar e explicar em outro artigo o ‘Destino Manifesto’ levou o governo e a mídia a explorarem na década de 1840 a crença de que o povo dos Estados Unidos tinha sido eleito por Deus (Providência Divina) para tecer um expansionismo planetário. Uma mistura paradoxal de política e religião, pois ao mesmo tempo em que se pregava o sentimento igualitário entre os colonos americanos, pregava-se também a superioridade colonizatória e branca sobre os índios e os mexicanos.

Os EUA anexaram o Texas no mesmo ano do início da divulgação do Destino Manifesto, em 1845, e por sua vez, o México declarou guerra e cortou relações políticas e comerciais com os EUA.

O presidente dos EUA James K. Polk, eleito em 1844, usava o ideário da Doutrina Monroe e defendia em sua geopolítica o expansionismo continental que ficou conhecido como Corolário Polk, justificado quando o presidente defendeu a anexação do Texas por colonos americanos afirmando que isso era direito e dever moral de Washington garantir a “área de liberdade” dos colonos.

Geopoliticamente, tanto a Doutrina Monroe quanto o Corolário Polk estavam envolvidos no que se tornou o ideário central da política expansionista norte-americana: o Destino Manifesto.

Pintura (cerca 1872) de John Gast chamada Progresso Americano é uma representação alegórica do Destino Manifesto. Na cena, uma mulher angelical, algumas vezes identificada como Colúmbia, (uma personificação dos Estados Unidos do século XIX) carregando a luz da “civilização” juntamente a colonizadores americanos, prendendo cabos telégrafo por onde passa. Há também Índios Americanos e animais selvagens do oeste “oficialmente” sendo afugentados pela personagem. Fonte:  Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation que pode ser utilizado por outros projetos.

O citado Corolário fica evidente quando James Polk alegou derramamento de sangue de tropas americanas atacadas pelo México em território americano, mas, na verdade, as tropas americanas estavam a leste do rio Grande em terras mexicanas. Tal pretexto deflagrou guerra em 1846, e em 1847, a Cidade do México já estava dominada e o governo mexicano foi assim forçado a negociar o Tratado de Guadalupe Hidalgo, que punha fim à guerra e, por 15 milhões de dólares os EUA adquiriram os territórios do sudoeste das Rochosas, do Novo México e da Califórnia. Mais tarde em 1853 também comprariam o território litigioso de Gasden por 10 milhões de dólares. Assim, através da Marcha para o Oeste, estavam completas as fronteiras dos Estados Unidos da América.

Para o adensamento da ocupação, o governo incentivou através da lei do Homestead Act, lançada em 1862, que consistia na venda de 160 acres (65 hectares) de terras a preços simbólicos para além da margem direita do rio Mississipi exigindo apenas que a terra fosse cultivada por no mínimo 5 anos. Até o final do século XIX, os EUA tinha recebido na ordem de 30 milhões de imigrantes e desde a homologação do Homestead Act, aproximadamente 600 mil fazendeiros receberam mais de 800 milhões de acres. Tal povoamento foi bastante facilitado pela mobilidade, através da interligação territorial pelas ferrovias transcontinentais (a primeira foi construída em 1869, mas em 1860 já existiam mais de 50 mil km em ferrovias nos EUA e em 1880, mais de 150 mil km).

Em 4 de março de 1861, Abraham Lincoln tornou-se o 16º presidente dos Estados Unidos e em seu primeiro discurso se declarou contra a secessão que tinha começado com 6 Estados do sul – Alabama, Carolina do Sul, Geórgia, Louisiana, Mississipi e Flórida – e terminaram com 15 estados formando um país em separado no qual a escravidão era permitida contra 19 estados nos quais a escravidão era proibida. Os Estados do sul tinham base agrária/latifundiária, escravista e voltada para o mercado externo, enquanto que os estados do norte estavam pautados na indústria, mão de obra assalariada e políticas protecionistas para defender o mercado interno.

Em abril de 1861 foi desencadeada a Guerra Civil Americana, mais conhecida como Guerra de Secessão que termina em 1865 com a morte de quase 1 milhão de pessoas e a hegemonia dos estados do norte/nordeste capitalista, industrial e de mão de obra assalariada.

Mapa de 1864 que mostra a posição dos estados durante a Guerra de Secessão (1861/1865). Os estados em azul escuro faziam parte do norte não-escravagista e os de azul claro eram estados escravagistas, mas estavam do lado da União. A parte em vermelho eram estados escravagistas que formaram secessão constituindo outro país para lutar contra a União. Fonte:  Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation que pode ser utilizado por outros projetos.

Com a vitória da colonização de povoamento na Guerra de Secessão, a ocupação do território americano foi acompanhada por um grande crescimento econômico e já no final do século XIX, os EUA se tornaram a maior potência industrial do mundo. O crescimento acelerado do Norte acontece a partir da Reconstrução desde o final da Guerra Civil, mas os Estados do Sul só terão esse grande crescimento nas primeiras décadas do século XX.

Na primeira metade do século XX, os Estados Unidos se tornariam uma das maiores superpotências no pós-guerra devido à estratégia geopolítica pioneira do almirante Alfred Thayer Mahan (1840-1914) que enxergou no poder marítimo dos oceanos Pacífico e Atlântico um horizonte de expansão planetário refletido na esfera de influência do Caribe, controle do Canal do Panamá (1904-1999), anexação das ilhas de Guam (tomada da Espanha em 1898), do Havaí (1900 virou Estado Americano) e Samoa Americana (1904 cedida aos EUA), além da intervenção militar em Cuba** contra  os espanhóis e retirada das tropas a partir da Emenda Platt (1902).

**Em 1898 os EUA após a explosão de um navio de guerra da sua bandeira no porto de Havana culpou a Espanha e declarou guerra contra os espanhóis. O Tratado de Paris de 1898*** põe fim à dominação espanhola na ilha de Cuba que se tornou um protetorado norte-americano até 1902, ano em que houve a aprovação da Emenda Platt na Constituição cubana que dava o direito dos EUA invadir Cuba se seus interesses econômicos fossem ameaçados.

***Para não confundir saiba que houve mais de um Tratado de Paris, em anos diferentes (1763, 1783, 1814, 1856, 1898 e 1951) e com finalidades diversas.

Toda essa estratégia geopolítica baseada nas ideias de Mahan continuou sendo tocada pelo presidente Theodore Roosevelt (1901-1909). Em sua mensagem anual ao Congresso em 1904, pautou-se no ideario da Doutrina Monroe e mencionou que “as nações banhadas pelo mar do Caribe” poderiam sofrer intervenção militar caso houvesse alguma ingerência interna dos países latino-americanos ou se eles violassem direitos internacionais dos EUA. Essa justificativa ficou conhecida como Corolário Roosevelt que usava a política do chamado Big Stick (grande porrete).

O Big Stick deteriorou as relações entre os EUA e a América Latina e a tentativa de suplantação veio pelo discurso do presidente Franklin Delano Roosevelt, em 1933, quando implantou a chamada Política da Boa Vizinhança como esforço de aproximação cultural entre EUA e América Latina. Na verdade tal política previa manter o imperialismo americano, principalmente por meio da ajuda econômica e militar a países latino-americanos. Assim também foram as políticas da Boa Parceria do presidente Dwight Eisenhower, postulada em 1957, e das Novas Fronteiras do presidente John F. Kennedy, nos anos 1960.

O crescimento das corporações multinacionais norte americanas tiveram grandes saltos crescentes ainda mais quando a Europa estava participando da I Guerra Mundial e os EUA exportando para os países da Tríplice Entente (Império Britânico, França e Império Russo). O único momento de freio em todo esse crescimento pautado no liberalismo econômico foi no acontecimento da crise de 1929, quando o Franklin D. Roosevelt lançou as ideias keynesianas de intervenção estatal no new deal. Em 1937, com a venda, principalmente, de armamento para a Europa, os EUA já tinham se recuperado e ao final da II Guerra Mundial assume a condição de superpotência mundial.

Os Estados Unidos se tornariam uma das maiores superpotências no pós-guerra devido à estratégia geopolítica pioneira de Mahan, mas que teria em N. Spykman*** o seu expoente.

***O geopolítico e estrategista norte-americano Nicholas Spykman (1893 – 1943) com base na teoria do Heartland de Mackinder desenvolveu a teoria do Rimland (caminho circunferencial marítimo), também denominada de Estratégia da Contenção, que serviu de base para o desenvolvimento da doutrina de segurança dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial. A macroestratégia americana seria baseada na teoria do Rimland, ou poder periférico, tendo como resultado o desenvolvimento do poder aéreo naval e a supremacia nos mares e oceanos (política externa intervencionista). O caminho circunferencial marítimo era a zona estratégica capaz de compensar ou mesmo superar o heartland.

Mapa do Heartland e Rimland. O caminho circunferencial marítimo (Rimland) tinha seu esquema partindo dos mares internos e marginais da Europa Ocidental (o Báltico e o mar do Norte); progride através do Mediterrâneo europeu e do mar Vermelho, cruza o oceano Índico desde Aden até Pedang, o Mediterrâneo asiático e os mares marginais do Extremo Oriente (o mar Oriental da China e o mar do Japão) e termina no mar de Okhotsk. Fonte do mapa: Wikispooks.

Spykman rejeita os argumentos isolacionistas e ao citar a Doutrina Monroe de 1823, uma política de intervenção de ações delimitada em imperialismo no continente americano que desde o século XIX através de conquistas e anexações sucessivas, são razões mais que suficientes para que os Estados Unidos tomassem consciência de suas vantagens estratégicas e assumissem claramente uma política de poder face às demais nações (política dos EUA que sempre foi intervencionista e também defendida por Spykman pela necessidade de coerção). O geopolítico Spykman apresenta suas teorias das relações internacionais tendo os Estados Unidos como referência essencial, mas como todos os Estados são soberanos e não delegam seu poder a outro, as relações internacionais tenderiam ao caos, daí ele conclui que que as relações internacionais são, antes de tudo, bilaterais e multilaterais entre os Estados, o que torna os esquemas centrados em alianças e blocos a forma dominante na política mundial (a possibilidade ou não de confronto dependerá tão somente da ruptura ou não do equilíbrio internacional de poder e o maior das garantias para a paz é o “equilíbrio de poder” – isso antecipa as relações internacionais da guerra fria, quando o equilíbrio entre EUA e URSS seria o maior dos fatores asseguradores da paz, pois, para Spykman, tanto a guerra como a paz são formas historicamente incorporadas pelos Estados de exercer a política internacional).

A hegemonia americana passou a ser incontestável, pois no Acordo de Bretton Woods (1944) se estabeleceu as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo e o dólar passou a ser a moeda mundial, com o Banco Central americano (FED) exercendo influência direta nos recém-criados Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD ou Banco Mundial – BID) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso porque em 1945, os EUA produzia a metade de todo o carvão mundial, dois terços do petróleo, mais da metade da eletricidade e imensas quantidades de navios, aviões, automóveis, armamentos, máquinas e produtos químicos. Finalmente, detinha 80% das reservas mundiais de ouro e, não menos importante, a bomba atômica.

Referências:

COSTA, Wanderley Messias da. Geografia política e geopolítica: discursos sobre o território e o poder. 2.ed (1.ed. 1992). São Paulo: EDUSP, 2008.

MAGNOLI, Demétrio. Relações Internacionais: teoria e história. São Paulo: Saraiva, 2004.

SCWARTZ, Gilson. Conferência de Bretton Woods (1944). In: MAGNOLI, Demétrio (org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.

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