Ocupação da Ásia Central, Afeganistão e a questão dos dutos


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A Ásia Central é formada pelo território do Afeganistão e cinco antigas repúblicas soviéticas – Cazaquistão, Usbequistão, Tucomenistão, Tadjiquistão e Quirguistão. Desde os primeiros séculos da nossa era, a rota da seda ligava o Mediterrâneo à Índia e China, através da Ásia Central (vide mapa).

Mapa da Rota da Seda no início da Era Cristã.

O Afeganistão depois de ter sido ocupado por gregos (330-323 a. C. – introduziram uma civilização greco-budista na região), turcos (Dinastia Gaznávida de 997 a 1186), fragmentação pelos ataques mongóis e constituição de um Império até o século XVI, fizeram com que a fusão entre a cultura central asiática e persa deixasse um grande legado para o futuro do Afeganistão.

Para entender melhor como viviam os mongóis, o filme O guerreiro Genghis Khan (Mongol) mostra a trajetória deste guerreiro que expandiu domínios da Mongólia para o mundo (vide mapa que segue). Saiu das estepes mongóis e atacou o reino de Xixia (hoje Xinjiang, noroeste da China atual). Depois de o vencer, atacou o império de Jin, mas somente conquistou a capital, Zhongdu (actual Pequim) em 1215. Três anos depois conquistou a Península Coreana. Gengis Khan após essas conquistas concentrou-se nos territórios a oeste, invadindo o Turquestão, Pérsia, Iraque, Hungria, Bulgária, Polônia. O império de Gengis tornou-se um dos maiores impérios do mundo ocupando quase todo o continente asiático e a Rússia (Fonte do texto: Adaptado de pedraspedras.blogspot.com/).

Mapa do Império Mongol que envolvia a Ásia Central e teve sua duração até o século XVI.

Após a queda do Império Mongol, precipita-se a colonialização da Índia, levando a lutas entre Franceses, Ingleses e o Império Russo que procura uma saída para o Oceano Índico. É neste contexto, que se enquadram as guerras Anglo-afegãs. As contínuas tensões entre a Rússia e a Inglaterra resultam num conjunto de acordos celebrados em 1891 e 1895-1896 que fixaram as actuais fronteiras do norte do Afeganistão. A linha Durand, acordada em 1893, separava o território do Afeganistão da Índia britânica (atualmente Paquistão) e também selava o domínio russo ao norte e inglês ao sul do território. Em 1907 o território afegão passa ao domínio inglês como protetorado, e em 1919, após a terceita guerra Anglo-afegã é assinado o Tratado de Rawalpindi reconhecendo a independência do Afeganistão.

Logo após a independência veio o reconhecimento pelo governo russo pós-revolução bolchevique acabando com as pretensões britânicas de colonizar o Afeganistão, mesmo com alguns reis afegãos tentando europeizar rapidamente o país.

Cazaquistão, Usbequistão e Turcomenistão são de origem do tronco linguístico turco, enquanto o Tadjiquistão, Quirguistão e Azerbaijão são de origem do tronco linguístico persa, assim como a Geórgia (cristianismo com origem persa) e os cristãos da Armênia com grande maioria também persa – A origem regional da Pérsia é hoje onde está o Irã.

Todos esses países citados que terminam em “ão” vem do Islão que significam povos seguidores do islamismo ou povos de religião muçulmana que com sua expansão passou a dominar o Oriente Médio e o Norte da África.

Em uma análise geopolítica, nota-se que o traçado das fronteiras reflete o poder das potências – Grã-Bretanha, Rússia e União Soviética – e não a história dos povos centro-asiáticos.

Na Ásia Central, principalmente no Mar Cáspio, existem vastas reservas de petróleo e gás natural em início de exploração (28 bilhões de barris de petróleo e 70 bilhões equivalentes de gás natural). A maior parte do petróleo encontra-se no Cazaquistão e do gás no deserto do Turcomenistão que são menores que as reservas do Golfo Pérsico, mas com recursos abertos para o capital ocidental.

A “diplomacia dos dutos” citada por Magnoli (2004, p. 292 e 2008, p.261) cruza interesses empresariais com interesses geopolíticos e tem por foco o domínio das grandes potências pela exploração e exportação de petróleo e gás como mostra o mapa que segue.

Dutos existentes e projetados na Bacia do Mar Cáspio. Fonte: MAGNOLI, 2004, p. 293.

Por número no mapa a explicação dos dutos:

1 –  De controle russo que pressiona o término do duto que vai do Cazaquistão até o nordeste do Mar Negro que se liga também ao duto de nº 4, rota também sob domínio russo;

2 – De controle russo com escoamento de petróleo e gás, – nas margens do Mar Cáspio – do território do Azerbaijão em direção ao Mar Negro;

3 – Segue do Azerbaijão (Baku) ao porto de Supsa na Geórgia. De controle dos EUA, esse oleoduto (Baku-Supsa) leva 150.000 barris de petróleo por dia do Mar Negro ao porto de Supsa na Geórgia;

4 – Citado no nº 1;

5- De controle dos EUA, Washington aposta na construção de um duto que parte do Azerbaijão, passando pelo território da Geórgia e até o porto turco de Ceyhan. Tal oleoduto, que passa pelo território da Turquia, permite às companhias ocidentais desviar da Rússia e do Irã o fluxo de petróleo procedente do Azerbaijão e de outras repúblicas da Ásia Central, assim como reduzir a dependência do Golfo Pérsico;

Dutos que representam os números 3 e 5 do mapa anterior e explicações. Fonte: BBC.

6 e 7 – Caminhos que agradam  à Turquia e às antigas repúblicas soviéticas do Cáucaso, mas é de custo muito alto, inclusive porque atravessa o Mar Cáspio e ao se ligar com o duto de nº 11, incorre-se na instabilidade do Afeganistão;

8 e 9 – Projeto de conexão entre o duto que já existe no Turcomenistão para o Mar Mediterrâneo e o Golfo Pérsico. De controle dos EUA, o grande problema é que o caminho passa por território iraniano tanto a a saída pelo Golfo Pérsico (9) quanto pelo território turco (8);

10 – Projeto chinês para ligação do campo petrolífero de Tengiz no Casaquistão com a China. Viável geopoliticamente, mas inviável economicamente, já o duto percorreria cerca de 2 mil km em território casaque e teria um custo astronômico.

11 – Projeto de oleoduto e gasoduto da empresa americana Unocal que ligaria o Turcomenistão ao Paquistão por território afegão e com saída pelo Oceano Índico. O grnde problema é a instabilidade do Afeganistão. A invasão norte-americana no Afeganistão usou o “pretexto” de conter o regime Taleban e o terrorismo do grupo extremista islâmico Al Qaeda liderado por Osama Bin Laden, mas um dos fortes motivos é o controle da saída do petróleo de do gás pelo Oceano Índico.

Fonte do mapa: http://geopoliticadopetroleo.wordpress.com

Depois de examinar os números do mapa anterior que mostram que grande parte dos dutos partem das margens do Mar Cáspio, analisa-se no mapa acima a mancha em vermelho circundada com a linha pontilhada delimitando onde estão as maiores jazidas de petróleo e gás (região do Golfo Pérsico e margens do Mar Cáspio). As setas em azul também mostram os dutos existentes (azul mais escuro) e projetados (azul mais claro) que foram explicados anteriormente.

Para entender a atual instabilidade geopolítica afegã, necessário se faz entender os fatos que seguem. Em 1964 foi instaurada, com Zahir Shah, a mo­narquia constitucional que resultou num período, simultaneamente de reformas e tolerância, como de instabilidade política e crescente radicalismo.

Nessa altura tinha bastante importância o PDPA (Partido Democrático do Povo Afegão) com duas facções (1 e 2), também mostradas em manchas no mapa que segue:

1 – Facção Khalq (povo – domínio ao norte) de Taraki, com predomínio das etnias tadjique, usbeques e hazara e que ambicionava uma revolução operária-camponesa;

2 – Facção Parcham (bandeira – domíno ao sul) de Babrak Karmal, com predomínio pashtun (grupo praticante do Islã) e que pretendia a união popular com a participação da classe média, intelectuais e militares.

Mapa das etnias do Afeganistão de origem persa (iranian) e turca (turkic) e que mostram a situação geográfica das facções partidárias 1 e 2 mostradas anteriormente.

O Afeganistão é cortado diagonalmente por dois grandes sistemas montanhosos, separados pelo extenso vale do rio Cabul que passa ao norte de Ghazni cortando a cidade de Cabul, Jalalabad até desembocar no Indo em território paquistanês.

Pouco depois, surgiu uma tendência política dos tradicionalistas islâmicos, sob liderança de Rabbani (tadjique), da Associação Islâmica (Jámiat-e Islami) e Hekmatyar (pashtun), chefe do Partido Islâmico (Herzb-e Islami) que pretendiam contrariar o caráter laico do PPDA.

Em 1973, Mohammed Daud Khan, com o apoio do PDPA, efetua um golpe militar e instaura a república. A sua dependência dos militares pró-soviéticos predispõem-no contra os tradicionalistas islâmicos, adotando medidas autoritárias também contra os liberais. Em Março de 1978 um novo golpe realizado por militares da facção Parcham do PDPA, leva à proclamação da República Democrática do Afeganistão, sob chefia de Mohammed Taraki, levando a um novo governo onde as duas facções do PDPA se integravam (Marsden, 2002; Ejército Español, 2003).

A antiga União Soviética acreditava que a influência de Moscou sobre o Estado Afegão seria indispensável para evitar o surgimento de movimentos separatistas muçulmanos na região da Ásia Central. Para não perder esse poder influente, a Rússia invadiu o Afeganistão em 1979, – consolidando o domínio sobre a capital Cabul e rotas estratégicas – permanecendo até fevereiro de 1989. A retirada deveu-se tanto a fatores internos, sobretudo relacionados com a Perestroika de Gorbatchev e o consequente colapso da URSS, em 1991, como por força da guerrilha dos mujahedin afegãos (combatente ou guerreiro do jihad – uma espécie de guerreiro santo), apoiada pelos EUA, Irã, Arábia Saudita e China.

O então presidente pro-comunista Najibullah, manteve-se no poder até 1992, apesar da falta de apoio soviético e do apoio contínuo do Irã e da Arábia Saudita aos mujahedin. Em 1992 inicia-se uma guerra civil entre as várias facções mujahedin, resultando no aparecimento em 1995 no sul do Afeganistão do movimento Taleban.

Estes guerrilheiros, formados nas escolas corânicas sunitas entre os refugiados no Paquistão, aproveitaram-se da guerra cânica afegã e tinham como objetivo a criação de um governo islâmico unido no Afeganistão contando com apoios significativos entre a população, sobretudo no apoio popular da etnia pashtun que ocupam sul e oeste paquistanês e sul afegão. Os Taliban vieram a conquistar sucessivamente áreas do território, contra a resistência militar conhecida como Aliança do Norte, impondo um sistema islamista ortodoxo e autoritário.

Foi, contudo, na sequência do 11 de Setembro de 2001 e da recusa dos Taliban em entregar o chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, considerado o responsável pelos atentados terroristas em Nova York, por parte dos EUA, que se iniciou a derrota deste movimento extremista. Os ataques foram fruto da cooperação entre o regime Taleban e o grupo Al-Qaeda que surgiu a partir da ruptura de Bin Laden com a monarquia saudita, em virtude da aliança da Arábia Saudita com os EUA na primeira Guerra do Golfo, em 1991. O líder terrorista que havia combatido a ocupação soviética ao lado dos mujahedim, na década de 1980, instalou o seu qurtel-general no Afeganistão e, sob a proteção do Taleban, conclamou à guerra santa contra os EUA.

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Infográfico das rotas aéreas dos aviões desviados pela Al-Qaeda na  manhã do 11 de setembro de 2001. Detalhe dos choques no World Trade Center em Nova York. Fonte: Portal G1.

A instabilidade afegã continua, pois a coesão do sistema depende de forças militares estrangeiras que só conseguem controlar plenamente a área de Cabul (a exemplo da intervenção americana e derrubada do Taleban em 2002). O Taleban e a Al-Qaeda atuam intensamente no sul e no leste do país (conheça melhor a Al-Qaeda no infográfico abaixo).

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Fonte: Portal G1

Após a invasão do Afeganistão devido ao ataque de 11 de setembro pela Al-Qaeda, a população norte-americana apoiou a iniciativa da chamada guerra preventiva, ou seja, atacar o Iraque antes de sofrer um ataque. A guerra do Iraque teve início em 20 março de 2003, quando os EUA –com o apoio do Reino Unido, Espanha, Itália, Polônia e Austrália– invadiram o país. A justificativa dada foi a suposta existência de armas de destruição em massa em poder do então ditador iraquiano Saddam Hussein, que não foram encontradas. Veja na sequência vídeo de um soldado veterano da Guerra do Iraque que denuncia os horrores do conflito intrínseco no racismo norte-americano.

Conforme o cientista político e professor Moniz Bandeira “… a guerra contra o terrorismo constituiu mera figura de retórica, um eufemismo, para disfarçar os reais os objetivos do presidente George W. Bush, que consistiam em vencer a resistência e/ou a insurgência islâmica, e controlar a Ásia Central e o Oriente Médio, com suas enormes jazidas de gás e petróleo. A convergência das necessidades da economia mundial capitalista e os interesses das grandes corporações pautou a sua política internacional.”

Veja abaixo o custo em vidas de militares e civis dessa guerra…

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Após a notícia que o presidente dos EUA irá  diminuir o contingente, mantendo 50 mil soldados no Iraque até o final de 2011, Noam Chomsky em agosto de 2010 afirmou que o Afeganistão é a principal guerra em curso do presidente Obama. A meta oficial é nos proteger da AlQaeda, uma organização virtual, sem base específica – uma rede de redes e uma resistência sem líderes, como foi chamada na literatura profissional. Agora, ainda mais do que antes, a AlQaeda consiste em facções relativamente independentes, associadas frouxamente ao redor do mundo. A CIA calcula que entre 50 e 100 ativistas da AlQaeda talvez estejam no Afeganistão, e nada indica que os talibãs desejem repetir o erro de dar refúgio a AlQaeda. Por outro lado, o talibã parece estar bem estabelecido em seu vasto e árduo território, uma grande parte dos territórios pashtun (sul do Afeganistão).

Veja no infográfico que segue histórico e  acontecimentos do Afeganistão atual (Fonte: Portal G1)

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Na madrugada do dia 2 de maio de 2011 (horário do Brasil), os EUA em operação secreta (veja infográfico que segue) divulgaram a morte de Osama Bin Laden que estava escondido em uma mansão na cidade de Abbottabad, no Paquistão, situada a 50km ao norte da capital Islamabad. Com a morte de Bin Laden a definição de  Leon Paneta, diretor da CIA, ao afirmar que “Bin Laden está morto, mas a Al-Qaeda, não” põe o mundo em alerta quanto ao terrorismo, mesmo porque especialistas apostam que o sentimento de vingança é eminente.

Mapeamento da operação que resultou na morte de Osama Bin Laden. Fonte: Portal G1.com.br

Referências:

Folha online.

MAGNOLI, Demétrio. Relações internacionais: teoria e história. São Paulo: Saraiva, 2004, cap. 19.

MAGNOLI, Demétrio. O mundo Contemporâneo. São Paulo: Atual, 2008, cap. 17.

http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=71

http://www.espacoacademico.com.br/090/90bandeira.htm

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16884 (Noam Chomsky)

Infográficos – http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/raio-x-da-guerra-afeganistao.html

21 thoughts on “Ocupação da Ásia Central, Afeganistão e a questão dos dutos”

  1. 18/12/11- Quero acreditar que o florescimento desta primavera Árabe está umbilicalmente ligado ao afeganistão e ao petroleo. O chicote vai ao lombo de quem é lerdo ou nao obedece. Tenho lembrança (deja vu), de algo semelhante ocorrendo na América Latina e ninguém chamou de primavera, mas procuravam a luz no fim do túnel (buraco). Este jardim não está sendo manipulado, professor?

    1. Verdade João. A manipulação tanto nos países árabes* ( no caso da ‘primavera’ principalmente Egito) quanto na América Latina (vide casos da Aliança para o Progresso, Doutrina Truman depois da revolução cubana e Operação Condor) sempre esteve ligada ao derrame de dólares dos EUA.

      *no caso da geopolítica do petróleo, a disputa pelos dutos na Ásia Central e também em países como Arábia Saudita, Kuwait. O caso recente dos manifestantes na Síria está muito mais ligado ao medo de mais instabilidade e aumento do preço do barril do que humanidade com o povo sírio.

  2. olá
    tentando entender o conflito do afeganistão com a russia, estava pesquisando no google e descobri o seu trabalho que é muito bom
    pois vc explica passo a passo os acontecimentos.Desculpe, não
    tenho muito conhecimento nas questões geopoliticas,mas gostaria de entender melhor a questão dos EUA terem ajudado o afeganistão
    a derrubar helicópteros e tempos depois o afeganistão se voltou contra os EUA é isso? pode indicar um site onde encontre informações sobre esse período? obrigada e parabéns pelo seu trabalho!

    1. Olá Tereza! Obrigado pelas palavras!
      A ajuda que os EUA deram ao Afeganistão para que lutassem contra a URSS está dentro do que se chama “guerra por procuração” (o país usa um terceiro para não lutar diretamente contra o inimigo). Muitos conflitos aconteceram assim, pois as potências inimigas durante a Guerra Fria tinham um poder nuclear de destruição em massa e não podiam (nem queriam) conflitar diretamente devido às consequências.
      Depois de várias das “guerras por procuração” o povo se voltava contra o antigo “aliado” porque tinha seus próprios interesses (caso dos guerreiros do jihad terem se voltado contra os EUA).
      Um dos melhores textos sobre o assunto e no qual me pautei para escrever aqui foi: http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=71

    1. No norte da Ásia está situado o território da Russia onde 60% da população é cristã e apenas 7% muçulmana, portanto, no sentido de conflito de proporções consideráveis (como recentemente na ‘primavera árabe’), não há radicalismo islâmico no norte da Ásia por abrigar cerca de 10 milhões de muçulmanos em um território de aproximadamente 150 milhões de pessoas.

  3. O povo afegão não sabe do 11 de setembro, só sabem que os USA prometeram a reconstrução do país e sequer deu-lhes eletridade p/ Tvs e parabolárias.

    É justo invadirem 1 país e massacrarem 1 p/ obrigar esse povo a cultivar papoulas e refinar ópio p/ suprir o mercado mundial de heroína?

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