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A cidade de Caldas Novas fica em Goiás e é conhecida como o maior balneário hidrotermal do mundo, com águas que variam de 40º a 60º C. Muitos pensam que o aquecimento é por causa de vulcão extinto, mas não há notícia científica de ter existido vulcão nessa região. O aquecimento das águas é devido ao que se chama grau geotérmico, um aumento de temperatura a medida que se adentra na estrutura da rocha em direção ao magma. A água penetra na serra e depois de esquentar desce pelo rio quente.
“Quando se chega a Caldas Novas o que chama a atenção e destaca-se no horizonte é a Serra de Caldas Novas [veja imagem] […] Antigamente achávamos que a serra era um vulcão […] [Atualmente] Não encontramos nenhuma rocha vulcânica. Não encontramos nada ligado ao vulcanismo, um evento extrusivo, onde a lava sai, derrete e escorre no chão […] houve movimentações que comprimiram, dobraram e soergueram a rocha, surgindo ali a Serra de Caldas Novas […] Em todo o Estado de Goiás tínhamos um grande mar [há cerca de um bilhão de anos] e também os crátons [rochas muito antigas, do arqueozoico] […] Toda essa nossa região teve uma grande movimentação para a formação das rochas como o soerguimento, o recuo do mar, a regressão e a transgressão […] As rochas têm grandes rachaduras porque foram muito movimentadas, dobradas e chegaram até a arquear, formando um cocuruto que é a Serra de Caldas Novas. A grande formação de fraturas, que se comunicam entre si, chega a mais de 1000 metros de profundidade […] A água entra na Serra de Caldas Novas e o nível da água lá é muito mais alto do que em Caldas Novas. Depois de atingir os 1000 metros ela sai, por outras fraturas, na cidade de Caldas Novas, na Lagoa de Pirapitinga e no Rio Quente […] Com a perfuração dos poços, já na década de 70 e 80, ocorreu uma superexploração e o nível da água caiu, o que é natural, devido a diminuição da pressão do aquífero.” Palavras do geólogo e pesquisador de águas termais da região Fábio Haesbaert.